8.º dia [14-08-2012]
|
|
[Viena – Bratislava]
|
|
A saída de Viena foi meio
complicada, tal como tinha lido num blogue antes de arrancarmos para esta
aventura. Estávamos parados junto a um semáforo, aproveitando para confirmar a
nossa trajetória no mapa, quando fomos abordados por um ciclista que se
ofereceu para nos ajudar. Estava a fazer o seu treino matinal, penso eu, e
ofereceu-se para nos levar até a uma ponte que dava acesso a
um canal que nós
deveríamos seguir para apanharmos o caminho para Bratislava. E assim foi.
Pedalando atrás dele, a saída de Viena descomplicou-se :)
Percorremos o tal
canal até chegarmos a uma zona com habitações/fábricas e acabamos por andar um
pouco perdidos. Confirmamos se a nossa localização com um carteiro que nos
indicou a direção a seguir. Perto do início/entrada do
Parque Nacional (Donau-Auen National Park), uma
senhora confirmou-nos que ali era o início da floresta que deveríamos
atravessar.
Fomos pedalando, na esperança de
encontrarmos alguma indicação de que estávamos no sítio certo, quando apareceu
um tipo de bicicleta a dizer (por gestos) que por ali não passávamos porque
íamos encontrar água pelo joelho. Pela t-shirt que usava, fiquei com a ideia
que seria um guarda do parque, ou algo assim. Não, posso confirmar porque ele
não falava inglês/francês/espanhol e não percebia nada do que lhe dizíamos :)
Lá consegui dizer-lhe que queríamos ir para Bratislava e ele, levando as mãos à
cabeça :), disse para irmos atrás dele.
Foram uns largos minutos a pedalar a
alta velocidade pela floresta, num estilo mais radical como o que fazemos nos
nossos trilhos na Barca, até chegarmos a uma nova zona industrial. Aí, ele
disse-nos para irmos sempre em frente.
Seguimos as indicações dele e acabamos
por encontrar uns ciclistas que nos confirmaram que era para seguir
sempre em
frente até Hainburg. Este “sempre em frente”, era uma reta com mais de 15 km,
que nós já tínhamos percebido existir através do mapa. No fim desta reta, tinha
uma curva com 1km, ou algo assim :), e aproveitamos para parar e comer qualquer
coisa (
e beber uma cervejinha que tínhamos trazido, pois estava um calor
abrasador). Seguimos o caminho até Bratislava e, mais uma vez, andamos um pouco
perdidos, desta vez, à procura da rua do hostel :)
Após o
check-in feito, no
Downtown Backpackers Hostel (71,40€ para 2 pessoas/2 noites), fomos para o nosso quarto, o Picasso. Um quarto
com oito beliches que já tinha hóspedes e que, sem qualquer dúvida, alguns eram
do sexo feminino, dada a panóplia de objetos de “beleza” espalhados pelo quarto
:) Banho tomado, em WCs comuns a vários quartos, e
fomos beber uma cervejinha
ao café/esplanada que faz parte do bar/restaurante com o mesmo nome do hostel e
que se situa no rés-do-chão do edifício. Acabamos por beber mais umas
cervejinhas e ficamos para jantar no restaurante. Pedi uma refeição típica da
Eslováquia e fui contemplado com
um pratinho com massa embrulhada em queijo e
com uns pedacinhos de bacon :) No comments!!! Acabados de jantar, fomos até à
zona do bar onde dois tipos tocavam viola e saxofone para animar a casa.
Entretanto, fui até à esplanada e fiquei à conversa com duas inglesas de
Manchester e um americano, texano de Houston. Fomos falando das nossas línguas
(tomavam-me por italiano) e culturas e o tempo foi passando. Quando regressei
ao quarto, já entrei às escuras porque estava alguém a dormir. Devia ser um
canadiano que chegou há mesma hora que nós e tinha ar de quem se deitava cedo
:) Lá tentei adormecer, enquanto o Moleiro ressonava “como um porco” e enquanto
as nossas vizinhas de quarto também entravam e saíam a toda a hora e falavam
não sei do quê. Dorme, acorda, dorme, acorda … e assim foi toda a noite.