Após a noite não muito bem
dormida,
fizemos o checkout do Rotel Inn e fomos comprar o pequeno-almoço numa
padaria … havia que começar a evitar grandes despesas logo no primeiro dia :)
Demos uma voltinha pela parte “velha” da cidade e fomos ao posto de informações
saber onde poderíamos encontrar uma loja/mecânico de bicicletas para dar um
pouco de ar na suspensão da bicicleta do Moleiro que ele tinha tirado para
fazer a viagem de avião
(além dos pneus, convém tirar um pouco do ar das
suspensões que funcionam a ar). Após umas voltas pelos sítios que nos
indicaram, acabamos por não conseguir “resolver o problema” porque em nenhum
lado tinham o adaptador necessário para as suspensões da Marzocchi. Tratamos de
ir comprar umas coisas para o almoço, que seria volante, e arrancamos em
direção a Aschach.
Como tínhamos “perdido” a manhã a visitar Passau e a tentar
resolver a situação da suspensão, acabamos por fazer a
paragem para almoço logo
por volta do km 9 :) num banquinho junto ao rio. Lá fomos pedalando,
maravilhados com o rio e as paisagens envolventes (ainda estava tudo muito
“fresco” para nós!) até fazermos uma pequena paragem para um cafezito … este
vício que os tugas têm do café :)
Encontramos um casal italiano com os filhos
que também estavam a fazer o mesmo percurso e aproveitamos para confirmar se o
livro-guia que eles tinham também aconselhava a passar o rio de barco num local
um pouco mais à frente. Assim foi,
em Engelhartszell fizemos a travessia do rio
e depois voltamos à mesma margem em Schlogen, um local famoso pela curva
(“laço”) que o rio faz, o “schlogen schlinge”. Antes de chegarmos a Aschach
paramos num posto de informações/turismo para arranjar dormida. O local, muito
bem organizado, dispunha fotos dos hostels/pensões/casas particulares… e com os
preços afixados. A senhora que nos atendeu, muito eficiente e simpática, fez o
telefonema a reservar a dormida para nós (optamos por um quarto numa casa particular "Privatzimmer Familie Ehrengruber",
saía mais em conta - 23€/pessoa) e, por este serviço, apenas pagamos um valor (3,68€) que depois era descontado no
valor a pagar pela dormida. Muito bem!
Continuamos a nossa pedalada, mais
descansados porque já tínhamos a dormida assegurada.
Ao chegar a Aschach,
encontramos uma loja de bicicletas onde o Moleiro pode dar ar na suspensão.
Perguntamos quanto era e o tipo disse que era o que quiséssemos dar, apontando
para a lata das gorjetas. Como já estava a ficar tarde, dirigimos-nos para o
outro lado do rio, onde ficava o local onde íamos dormir (a tal casa privada, "Privatzimmer Familie Ehrengruber"), deixando a visita a Aschach
para a manhã do dia seguinte. Quando chegamos, fomos carinhosamente recebidos
pela proprietária e seu esposo, uma grega que casou e vive há muitos anos na
Áustria. Sempre a falar, embora comunicássemos mais por gestos dado ela não
saber nada de inglês, lá nos encaminhou para a garagem para guardarmos as
bicicletas e para aquele que seria o nosso quarto. Quando me viu a lavar a
roupa do dia, queria tirar-ma da mão e pôr na máquina, mesmo eu dizendo que não
havia necessidade. Acabou por me ajudar a lavá-la à mão – era impossível negar
a sua ajuda, ela não deixava :) – e acabou por colocá-la na máquina para dar umas voltas e
assim secar mais rápido. A casa estava cheia de canteiros e vasos com flores e
não resisti a pedir-lhe para
tirarmos uma foto no banco de jardim :)
Não éramos os únicos clientes. Mais tarde, chegou uma senhora e os
filhos, que também estavam a andar de bicicleta (já os tínhamos visto durante o
percurso do dia) e outro casal e respetivos filhos também estavam lá a dormir. Depois
do banho tomado, roupa lavada e estendida :), pegamos nas bicicletas e
fomos
para Aschach para jantar e regressamos para o merecido descanso.