Após o check-out do hostel, fomos
tomar o pequeno-almoço na padaria onde tínhamos comido a segunda dose no dia anterior.
Saímos de Bratislava seguindo as indicações que tínhamos no mapa e lá demos com
o caminho … que seguimos
até nos perdermos, já em território húngaro :) Andamos
no meio de uns campos, onde vimos pequenos veados a correr “assustados” e
lebres que se atravessavam no nosso caminho. Tudo isto seria agradável, não
fosse o caso de
andarmos perdidos e, como mais tarde constatamos, em sentido
contrário ao que desejávamos :(
Quando nos apercebemos, já estávamos na zona
fronteiriça da Hungria com a Áustria :) Aproveitei para cambiar
100€, que deram
26600 florins húngaros, e perguntar como podíamos fazer para seguir o caminho
correto. O problema era encontrar alguém que soubesse falar minimamente inglês
:( Era uma pequena zona, numa pequena localidade, o que é natural. Um ajudante
de um restaurante lá nos conseguiu explicar que podíamos e devíamos
passar uma
via rápida (autoestrada?) que estava à nossa frente e que, para tal,
deveríamos fazê-lo
junto a umas antigas cabines de cobrança de portagem, ou
algo do tipo. Quando passávamos a tal estrada, descansadinhos da vida, ouvimos
as sirenes de um carro da polícia, tipo BT, e claro está, era a nós que se
dirigiam :) Mais uma vez, enquanto tentava explicar, em inglês, o que tinha
acontecido e qual o nosso objetivo,
apercebi-me que os agentes estavam aflitos
com a língua inglesa :) Lá percebi que nos estavam a avisar, em húngaro :) …
mesmo depois de eu lhe dar a entender que só falava inglês … que não podíamos
passar por ali mas, já que ali estávamos, para o fazermos com cuidado. Percebi
que pretendia apenas garantir que não fazíamos nenhuma asneira durante a
travessia da estrada. Foi pacífico.
Acabamos por conseguir encontrar o acesso
até uma localidade onde, esperávamos nós, encontraríamos as indicações para o
trajeto da rota 6, a que queríamos seguir. Depois de rodarmos uns bons kms por
um estradão de areão, chegamos a um local em que acabava o trilho e, para nosso
espanto,
a única maneira de continuarmos era seguirmos a estrada principal …
que, por acaso, apresentava um sinal a indicar que era proibida a bicicletas,
tratores e carroças :) Sem saber o que fazer, resolvi consultar um pequeno mapa
que tinha no telemóvel quando aparece um tipo de bicicleta e nos diz que
podíamos apanhar a tal rota 6 uns kms mais à frente. Disse-nos para o seguirmos,
pela tal estrada em que era proibido passarmos :) e a qual ele ia seguir, até
um cruzamento que nos levaria até onde queríamos. Finalmente, já com as
marcações/indicações fomos pedalando até Gyor … mas fizemos uma paragem para
beber uma cervejinha húngara e aliviar o stress do dia :)
Ao chegar a Gyor,
junto a uma capela, estava a acontecer uma cerimónia qualquer em que os padres
estavam sentados à entrada e uns jovens músicos tocavam violino. Ouvimos um
pouco e
seguimos até ao posto de turismo onde uma senhora, muito simpática, nos
arranjou dormida num "dormitório de estudantes", o Famulus Kollegium. Devem ser residências de
estudantes que aproveitam o período de férias das escolas para rentabilizar os
espaços. Bom para eles e para os turistas que conseguem dormidas em boas
condições,
a preços acessíveis (3300 florins/pessoa) Fizemos o check-in, tendo de
pagar 4000
florins de caução pelos lençóis :) e pelo cartão que nos dava acesso ao
dormitório (que são devolvidos no check-out). Nessa noite, fui jantar ao McDonald's, tendo direito a um copo
oferta da Coca-Cola ;) e depois fui dormir porque o dia tinha sido muito
cansativo em termos físicos e psicológicos … com tanta confusão para encontrar
os trilhos.